Foto: Beto Albert (Diário)
A taxa de desocupação no Brasil chegou a 7,0% no trimestre encerrado em março de 2025, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgados nesta quarta-feira (30) pelo IBGE. O índice representa uma alta de 0,8 ponto percentual em relação ao trimestre anterior (6,2%), mas ainda é o menor já registrado para esse período desde o início da série histórica da pesquisa, em 2012.
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Atualmente, o país tem 7,7 milhões de pessoas desocupadas, isso representa um aumento de 13,1% em comparação ao último trimestre de 2024. No entanto, na comparação anual, houve queda de 10,5%, o que representa 909 mil pessoas a menos sem trabalho.
População Ocupada
A população ocupada é de 102,5 milhões de pessoas, com queda de 1,3% no trimestre (menos 1,3 milhão), porém com aumento de 2,3% na comparação com o mesmo período do ano passado. O nível de ocupação também caiu no trimestre (de 58,7% para 57,8%), mas subiu em relação a 2024 (57,0%).
A taxa composta de subutilização da força de trabalho subiu para 15,9%, frente aos 15,2% do trimestre anterior. Ainda assim, houve melhora na comparação anual, com queda de dois pontos percentuais (era de 17,9%). A população subutilizada, que soma 18,5 milhões de pessoas, cresceu 4% no trimestre.
Recorde de Renda
O rendimento real habitual de todos os trabalhos atingiu R$ 3.410, o maior valor da série histórica iniciada em 2012. Houve crescimento tanto na comparação trimestral (1,2%) quanto na anual (4,0%). Já a massa de rendimento real habitual se manteve estável no trimestre e chegou a R$ 345 bilhões, o que representa um crescimento de 6,6% em um ano.
Informalidade é de 38%
A taxa de informalidade caiu para 38,0% da população ocupada, o equivalente a 38,9 milhões de pessoas. No trimestre anterior, o índice era de 38,6%, e no mesmo período de 2024, 38,9%.
Destaques do trimestre
- Emprego com carteira assinada no setor privado ficou estável no trimestre e cresceu 3,9% no ano.
- Emprego sem carteira caiu 5,3% no trimestre e manteve estabilidade anual.
- Setor público teve queda de 2,3% no trimestre, mas alta de 3,7% no ano.
- Trabalhadores domésticos somam 5,7 milhões, com queda nas duas comparações.
- População fora da força de trabalho é de 67 milhões de pessoas, com leve alta trimestral.
- Número de desalentados subiu 6,6% no trimestre e caiu 10,2% no ano.